O que é
O M1 corresponde ao agregado monetário que mede os meios de pagamento mais líquidos: papel-moeda em poder do público e depósitos à vista.
É a forma de dinheiro diretamente utilizada nas transações do dia a dia, servindo como indicador imediato de liquidez disponível na economia.
Interpretação
- 🔎 Expansão do M1: indica aumento de liquidez imediata, maior capacidade de consumo no curto prazo e pressão potencial sobre preços.
- 🏦 Estagnação ou queda: sugere substituição por instrumentos eletrônicos (PIX, cartões) ou retração de liquidez via política monetária.
- 🌍 Comparação com M2/M3: crescimento menor do M1 frente aos agregados mais amplos mostra que a expansão monetária ocorre sobretudo via crédito e depósitos de prazo.
Análise
Evolução recente (2020–2025)
O M1 saiu de R$ 404 bi em jan/2020 para cerca de R$ 623 bi em jul/2025. O maior salto ocorreu em 2020, com a pandemia e as transferências emergenciais, que injetaram moeda diretamente no público. Após 2021, o agregado estabilizou na faixa de R$ 600–650 bi.
Pandemia e choque monetário
O crescimento abrupto em 2020 foi reflexo de uma expansão monetária forçada, resultado do gasto público e da liquidez injetada pelo Banco Central. Esse excesso criou a base para pressões inflacionárias posteriores, ainda que distribuídas de forma desigual entre setores da economia. Mesmo com política monetária mais restritiva a partir de 2021, o M1 não retornou a níveis
Leitura estrutural
Mesmo com política monetária mais restritiva a partir de 2021, o M1 não retornou a níveis pré-pandemia. Isso indica que parte da liquidez permaneceu na economia, sustentando pressões inflacionárias latentes.
A partir de 2021, com o avanço do crédito eletrônico, digitalização bancária e maior uso de instrumentos alternativos (como PIX), o M1 se estabilizou e perdeu importância relativa dentro dos meios de pagamento mais amplos (M2, M3).
Embora ainda relevante como indicador de liquidez imediata, o M1 mostra crescimento limitado nos últimos anos, em contraste com os agregados mais amplos. Isso sugere que a expansão monetária recente ocorreu mais via depósitos a prazo e instrumentos financeiros, com menor impacto direto na moeda transacional.