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Poder de compra do Real

Monetário

O que é

O Poder de Compra Real corrigido pelo IPCA mede quanto vale hoje, em termos reais de consumo, uma unidade monetária comparada ao início do Plano Real em 1994 (base = 100).

Esse índice mostra diretamente a perda acumulada do valor da moeda frente à inflação oficial: quanto menor o número, menor o poder de compra.

Interpretação

🔎 Queda do poder de compra: indica corrosão da moeda, isto é, a mesma quantia em reais compra cada vez menos bens e serviços.

Pela ótica austríaca, isso é reflexo da inflação monetária provocada pela expansão da base monetária e do crédito. A inflação de preços é apenas a manifestação tardia dessa perda de valor.

  • Índice estável: poder de compra preservado (cenário raro no Brasil).
  • Índice em queda: moeda em processo de destruição de valor.
Análise

Entre 1994 e 2025, o poder de compra do real caiu de R$ 100 para apenas R$ 12,49. Isso representa uma perda de aproximadamente 87,5% em pouco mais de três décadas de Plano Real.

A trajetória confirma a incapacidade do real de servir como reserva de valor. O Estado, ao expandir continuamente a base monetária para financiar déficits e rolagem da dívida, corroeu o poder aquisitivo da moeda nacional. O cidadão comum vê isso de forma prática: o salário, ainda que nominalmente maior, compra cada vez menos.

Leitura estrutural

Esse indicador traduz de forma clara que a moeda brasileira vem sendo destruída ao longo do tempo. Não importa se em determinados períodos os juros estavam altos ou baixos: enquanto a base monetária cresce de forma contínua, o poder de compra do real tende a cair. O efeito é a redução estrutural da poupança real, distorção da preferência temporal e um ciclo de dependência de crédito fácil para sustentar o consumo.